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quinta-feira, 19 de abril de 2012

GRAAL


Agarras a carne como tua,
em ímpeto de fera esfomeada
de sangue
e fazes da morte um beijo
exangue,
que me suga os restos
do perdão forçado
e me enxuga os gestos
do não gritado
(por dentro)
em lágrimas de veneno
letal.
Já não faz mal:
o corpo não é mais que um líquido
entornado.
O copo,
o cálice,
é Graal nunca encontrado.