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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CONTA-GOTAS

Debito,
a cada golpe,
uma gota impura,
adulterada por laivos
de amargura.
E como um golpe nunca vem só,
duas a duas,
eu conto as gotas
da minha dor:
duas a duas,
deslizam lágrimas
pelo meu rosto,
lavando a cor,
levando o viço
da pele ferida
pelo desgosto...





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