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terça-feira, 14 de setembro de 2010


AMORTIZAÇÃO

As minhas mãos,
aves sem asas,
caíram feridas e sem fé,
destroçadas,
trespassadas,
como escudo já inútil,
por ter sido vencido
pela acutilância das armas
do campo hostil...

As minhas mãos,
vazias de forças,
ensaiaram um gesto tímido,
reflexo,
em plexo
de instintos ramificados,
mero impulso
de defesa exterior,
fingindo não ser maior

o dano das entranhas
já vencidas,
o rasgo da batalha
já perdida.

Capitulei,
sem exigir condições.
e vou pagando,
as contas de sal e lágrimas
do rosário
que desfiei...

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