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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SUBJACENTE AZUL


Caem-me as palavras
em golpes de dor
e o duelo que travas,
desigual no vigor,
ergue-te em vitória
de tangente pendor,
empunhando a glória
de seres meu senhor...

Não sonhas nem sabes
que aquém do pavor,
me entrono em enclaves
além do supor,
ordens ou desígnios
de vil ditador
e nos meus domínios
sou fera, sou flor,

amo e odeio,
sou trevas, sou cor,
sou vento, sou freio,
sou sede e sabor,

sou livre, sou eu
entregue em penhor
ao pouco de céu
que roubo em favor!

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