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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

VÃS PALAVRAS


Do sangue que me anima,
retiro o vácuo que respiro
e vãs palavras que o digam.

Das palavras que o dizem,
retiro as vírgulas que são
lâminas do grito a dizer.

Do grito que dentro digo,
mutilo o eco latente
do aço que não consigo
e o pulsar latejante
do sentimento retido...

No sangue que me anima
sufoco o ar que respiro
em exercício mero de ser...

sem viver.

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